Marcha: região Norte ganha espaço com debates sobre venezuelanos e Municípios amazônicos


A crise migratória dos venezuelanos e as demandas específicas dos Municípios que compreendem a Amazônia serão temas presentes na XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. O evento, que ocorre de 8 a 11 de abril no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), reúne gestores locais de todo o país e alguns dos debates e das plenárias focam em questões regionais.
Os participantes da região Norte poderão, nesta edição, acompanhar as discussões e levantar, em conjunto, os principais desafios e as perspectivas que envolvem as mais de 85 mil solicitações de refúgio da Venezuela e a área de cobertura da floresta Amazônica. Haverá ainda plenárias no palco principal com os governos estaduais (Fórum de Governadores), os ministérios e os parlamentares (Congresso Nacional).
O primeiro debate, da área do Internacional da Confederação Nacional de Municípios (CNM), terá foco na inovação na gestão municipal. Os convidados e presentes irão aprofundar o tema Processo de interiorização: práticas de acolhimento e integração dos migrantes venezuelanos. Devem participar o subchefe de articulação e monitoramento da Casa Civil, José Vicente Santini, e o prefeito de Alto Alegre (RR) e presidente da Associação dos Municípios de Roraima (PR), Pedro Henrique.
Já na lista de demandas do Encontro dos Municípios Amazônicos – das quais o grupo tratou em algumas reuniões na sede da CNM -, consta um tema que deverá ser abordado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) também na apresentação do palco principal. O Norte do país, apesar da abundância de recursos hídricos, sofre com a falta e má distribuição de água potável, portanto, o pedido é que o governo federal auxilie com equipamentos técnicos para o abastecimento. Para saber do dia e horário dos debates, acompanhe a programação no siteda Marcha.
Representatividade
Em razão da importância dos temas e da oportunidade de apresentar os pleitos ao governo e ao Legislativo federal, as sete entidades estaduais - Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO) – têm sensibilizado os gestores a virem a Brasília. É do Norte, por exemplo, as Unidades Federativas com maior percentual de prefeitos inscritos no evento – AP com 100% e RO com 88%. Os dois Estados também lideram, seguidos por RO, o proporcional de prefeitas inscritas, com 100% de confirmações. As mulheres chefes do Executivo municipal em TO garantiram o quinto lugar na lista, com 78,3% de inscrições.
Por outro lado, RR, AM e AC podem aumentar sua participação. Roraima, aliás, é o Estado mais impactado com a migração, mas, até agora, tem apenas 13 inscritos, sendo seis prefeitos – o que equivale a 40%. Quando faltavam 20 dias para a Marcha, o presidente da CNM, Glademir Aroldi, fez questão de gravar um vídeo chamando os gestores do Estado. “Nessa edição nosso tema será Unidos pelo Brasil e iremos promover o diálogo, unindo esforços para construir um pacto federativo que atenda às necessidades da população brasileira. A sua participação é muito importante”, diz a mensagem.
Amazonas e Acre
AM conta com 80 inscrições, sendo 33 prefeitos (53%); e o AC, com 26 no total e 15 prefeitos (68%). Os presidentes Andreson Adriano, da Associação Amazonense de Municípios (AAM); e Maria do Socorro Neri, da Associação dos Municípios do Acre (AMAC), reforçaram o convite. “Você é nosso convidado especial. Venha conosco participar da luta que envolve todos os Municípios brasileiros”, afirmou Adriano.
“Quero convidar os colegas do Acre e da Região Norte para estarmos juntos para defender as nossas pautas, municipalistas, porque é no Município que a vida acontece e é pra lá que devem ser destinados os encargos necessários”, enfatiza Maria do Socorro.
Confira a mensagem do presidente Aroldi aos gestores de Roraima
Por: Amanda Maia
Da Agência CNM de Notícias

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