Educação presencial mediada por tecnologia promove equidade


A educação presencial mediada por tecnologia é uma prática pedagógica inovadora, que permite a realização de aulas a partir de um local de transmissão para salas localizadas em qualquer lugar do país e do mundo. Seus pressupostos imprescindíveis são aula ao vivo e presença de professores, tanto em sala quanto no estúdio.
O Centro Nacional de Mídias da Educação (CNME) utiliza a metodologia para alunos do ensino médio, mas a intenção é ampliar para o ensino fundamental. Lançada em novembro pelo Ministério da Educação, a proposta se diferencia da Educação a Distância (EaD), na qual o aluno não tem acompanhamento presencial do professor.
O ministro da Educação, Rossieli Soares, avalia que é preciso olhar para a educação pensando no que está acontecendo no mundo. “A tecnologia está em toda parte, no cotidiano dos indivíduos. É necessário que a escola se aproprie de novas metodologias, para dar mais oportunidades ao aluno e, também, ao professor, que pode desenvolver seu trabalho de forma inovadora”, afirma Rossieli.
O conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Eduardo Deschamps, destaca que o projeto não é considerado como educação a distância (EaD). “Na educação a distância, o aluno não tem a presença do professor. Ele pode realizar suas atividades no local e hora que escolher”, explica o conselheiro. “Na educação presencial mediada por tecnologia a orientação de professores no espaço de transmissão e na sala de aula é obrigatória no processo de ensino e aprendizagem com qualidade”, completa Deschamps.
Inspiração – O CNME baseia-se na experiência da Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas (Seduc) que, em 2007, implementou o Centro de Mídias da Educação do Amazonas (Cemeam). Foi uma alternativa para possibilitar igualdade de oportunidades aos alunos do ensino fundamental e médio que vivem em regiões de difícil acesso. Em muitos municípios, só é possível o deslocamento por via fluvial.
Neste ano, 17 estados e o Distrito Federal aderiram ao CNME, beneficiando 10 mil alunos em 150 escolas. Para o próximo ano, já estão confirmadas 27 unidades da federação.
As aulas acontecem pela manhã, à tarde e à noite, e fazem parte da grade horária das escolas. Os conteúdos foram escolhidos pelas secretarias de educação e são sobre tecnologia e mundo do trabalho.
A iniciativa é desenvolvida pelo MEC, em parceria com o Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed). A realização é da TV Escola e da Fundação Roberto Marinho.
Também apoiam a iniciativa o Instituto Ayrton Senna, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Ceará (UFCE), Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) e Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).
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Assessoria de Comunicação Social

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