Debate na CMFor coloca em pauta questões ambientais da Capital

A vereadora Larissa Gaspar (PPL), propositora do debate, colocou em foco as atividades do Dia Mundial do Meio Ambiente, e como a questão envolvendo a natureza tem que ganhar voz e vez na vida em sociedade. “Fortaleza tem perdido cada vez mais a cobertura vegetal, o que vem provocando o êxodo rural, problemas com moradia. É importante que se amplie a nossa visão de que o homem está a frente de tudo e ter uma visão mais harmônica com a natureza e aprender a respeita-lá”, destacou Larissa Gaspar.
A promotora de Justiça, Socorro Brilhante falou da situação que o Município enfrenta em relação a defesa das áreas de preservação. Socorro Brilhante ponderou sobre a quantidades de leis ambientais e como a sociedade deve ser apropriar desta legislação. “Nós temos muitos instrumentos legais de preservação do meio ambiente e precisamos que esta legislação seja respeitada pelo poder público e pela sociedade”, ponderou.
O Instituto Verde Luz, representado por Luan Oliveira, apontou o trabalho que a Universidade vem incentivando no pensar o meio ambiente. A entidade atua em várias causas, e na Capital vem desenvolvendo ações em defesa da tartaruga marinha, grupos de formação acerca da preservação do meio ambiente, grupo direcionados ao fortalecimento da proteção as Dunas do Cocó e a APA da Sabiaguaba. Luan Oliveira reforçou a importância de um engajamento da sociedade entorno da problemática que envolvem o meio ambiente e apresentando estudos de casos sobre as ARIE do Cocó e a APA da Sabiaguaba reafirmou o papel de uma atuação integrada na manutenção e preservação das áreas.
Representantes dos moradores da Sabiaguaba ponderaram sobre obras realizadas em área de preservação e como as intervenções não analisam os impactos no cotidiano da população do bairro. Ao discorrer sobre a Grande Sabiaguaba, Roniele Silva do Movimento Sabiaguaba Lixo Zero frisou o sentimento de pertencimento da comunidade com a natureza e com a preservação do meio ambiente. A principal demanda apresentada foi a necessidade de ações efetivas na sustentabilidade local, além da importância de equipamentos e projetos de incentivo a educação e lazer. “Com a preservação das dunas estamos preservando cultura, esporte, memórias ancestrais e equilíbrio do meio ambiente”, ponderou.
Crianças e adolescentes do bairro Sabiaguaba frisaram a importância e a sua relação com as dunas, e como a falta de preservação e manutenção vem prejudicando um dos principais esportes locais, sandbord. Outro ponto destacado é a grande variedades de frutas nativas da Sabiaguaba e que mantem uma cultura local, além de gerar renda aos moradores.
Leonardo Boralho, representando a Secretaria de Meio Ambiente do Ceará (Semace), reiterou sobre a importância das dunas na manutenção do meio ambiente, frisando os impactos gerados na Barra do Ceará com a ocupação das dunas. O gestor falou sobre o Código Florestal, que segundo ele, gerou um entendimento sobre a legislação que regem as dunas. “Existe uma legislação estadual de 2006, que trata de área protegidas e que devem ser tratadas como APP’s, e que as comunidades no entorno das área de preservação exercem um papel importante na preservação destes ecossistemas, sendo preciso que o poder público reconheça essa relação”, pontou.
O debate contou com a participação de representante da Seuma, Iran Dias e o defensor público Wellington Meneses.
Fonte: http://cmfor.ce.gov.br
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